quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Entrevista:

Allan Dos Santos

"A verdade deve prevalecer, mesmo que não seja popular."


Monarquista, armamentista,
 católico 
 e um exemplo de reeducação.  

Ludibriado pela esquerda, Allan foi mais um brasileiro a cair na conversa de que o aumento do estado seria a solução para o país. Em 2008, começou a entender quantas mentiras eram contadas e quantas verdades escondidas. Aluno do Filosofo Olavo de Carvalho, jornalista do Terça Livre, Allan dos Santos concedeu uma entrevista que direciono a todos vocês, leitores do blog Lado Direito da Vida, que pretendem como eu, restabelecer os elos com a história não contada do Brasil.


O Brasil hoje está numa fase de “Liberdade ou Morte”. Em qual momento você proclamou a independência do seu intelecto perante a homogeneização intelectual imposta pela esquerda durante todos esses anos?

Os estudos filosóficos que tive não estavam organizados e ordenados e foi o Prof. Olavo de Carvalho quem mostrou-me como compreender a loucura do mundo atual e aplicar os princípios especulativos a esta nebulosa confusa na qual as pessoas estão inseridas. O processo de purificação não foi fácil, pois tive que recomeçar a ler o mundo sob uma nova ótica e isso mudou minha vida. Estudar não é acumular dados, mas colocar cada coisa no seu devido lugar e desde o dia que o Prof. Olavo foi indicando-me como agir, o pensamento foi ordenando-se pouco a pouco. Ainda sou um aprendiz, muito ruim por sinal, mas agora sei o caminho.


O que e quem te motivou? 

O que mais me motivou foi o conhecimento de si. Conhecer seus limites e fracassos, sem medo, fez-me olhar o mundo e os outros com um novo olhar. Um olhar de compaixão.

Qual sua religião? Me conte um pouco sobre o que você acreditava antes, como cresceu a curiosidade pela história daquilo que se acreditava e como as perguntas foram respondidas.

Sou Católico, mas cresci em berço protestante. A minha conversão se deu aos 15 anos de idade com a vinda de JPII. Como eu gostava de música, compreendi que nada era inédito no mundo arte, da religião, da política e etc. Fui questionando de onde vinham as idéias das doutrinas que seguia e me deparei com o Fundador da Igreja Católica: JESUS. Foi então que cessei minhas críticas fundamentais, mas só com o tempo eu fui despindo outras tantas críticas que tinha contra a doutrina Católica.

Como começou a ideia do Terça-Livre, como foi todo o processo e quando vocês colocaram em prática? 

O canal surgiu da iniciativa de alguns amigos que queriam desabafar e falar o óbvio que a mídia não falava acerca dos fatos. O processo é longo e só um livro poderá contar os detalhes (já estamos organizando isso), mas o fundamental é que não existiríamos sem o apoio das pessoas que nos assistem e nos patrocinam, pois nunca conseguiríamos chegar onde chegamos com as modelizações do YouTube. Colocamos em prática assim: mostras o que conhecemos e apostamos que existia um número enorme de pessoas que não deixaria essas informações sem divulgação. Pode parecer simples demais a explicação, mas foi assim mesmo.

Tendo em vista: lidar com opinião pública, a organização dos conteúdos, como fazer toda linha de pensamento ser compreendida, como vocês se sentem fazendo esse trabalho e qual a mudança que vocês conseguiram acompanhar até aqui?
Sempre que viajamos para dar palestras pelo Brasil as pessoas nos pedem para tirar fotos, dar dicas de pauta, mas tudo sem tietagem. São amigos que nos abrigam em seu lar todas as noites e que agora estamos presentes. Creio que este contato com o público é fundamental. Nenhuma mídia brasileira sabe valorizar isso. Logo que podem colocam os formadores de opinião em um pedestal ou estas pessoas públicas mesmo acabam vivendo alguns andares acima do povo, sendo que esta fama é tão artificial. Basta um sofrimento cruel e todos estarão no mesmo nível. Somos todos seres humanos. Assim, desde a molecada que nos assiste até o empreendedor ou pai de família, o feedback que nos dão é sempre positivo. De fato mudamos a vida de muita gente que ou estava perdida ou só.

Qual a maior dificuldade que você particularmente sentiu?
Quando passei alguns meses sem poder viver do Terça Livre e achava que o nosso sonho de ser uma mídia nunca se tornaria realidade. Ao mesmo tempo, eu via gente falando de pokemon no YouTube e comprando casa, carro  e etc.

O que te faz esbravejar mais que o Alberguetti? 

Meus desabafos são sinceros.
 Tenho muito o desejo de fazer que algumas pessoas acordem.
 Assim, o tom do jornalismo atual ou a mais alta filosofia não fará com que muitos acordem.
 O que sou no YouTube, sou em uma mesa de bar.

Qual seu “palpite” para candidatos 2018? 

Para presidente? Bolsonaro já é tratado como tal e isso não tem como parar mais. Ele é o símbolo da indignação do povão contra o controle do Governo sobre a vida econômica, cultural, religiosa e moral das pessoas.

Perdemos a chance de obtermos um pouco de "democracia" no segundo mandato de Dilma, sob acusação de fraude eleitoral com provas quando legitimamos a eleição com o impeachment, encabeçado por Janaina Paschoal e Miguel Reale Junior. Numa situação de afastamento do Vice Presidente de Dilma Rousseff, como você imagina que ficaria a situação política?

Não tenho a mínima ideia, mas que os problemas aumentariam, isso é um fato.

Quem assumiria?

Não sei. O Brasil não segue as leis.

Em que sentido e grau isso afeta o Brasil - já afetado pelo entusiasta socialista FHC e o sindicalismo 4ª série de Lula –. Quais são as consequências de manter Temer e de tirar Temer nesse quadro planejado?

A política não se faz com doutrina ou ideologia, mas com pessoas e meios. A única coisa que sei, é que: o estamento burocrático já ultrapassou os limites do tolerável, mas ao mesmo tempo sei que poucas pessoas das quais alguma coisa pode ser feita, têm noção do que pode ser realizado e o que realmente estancaria a hemorragia política que vivemos.

Se você pudesse indicar ministros ao futuro presidente, quais nomes você apresentaria?

Luiz Philippe de Orleans e Bragança para o Itamaraty. Os demais não tenho opinião formada.

O que representa, para você, o projeto Escola Sem Partido? 

Um grito, que parecia jubilado, dos pais e alunos que percebiam que alguma coisa estava errada, mas não sabiam como diagnosticar.

Na sua concepção, o que significa democracia?

Uma utopia.
 A Constituição Americana sequer possui essa palavra.
Os EUA defendem a República, não a voz da maioria.
 Isso é fundamental:
 a verdade deve prevalecer mesmo que não seja popular.



Você não sabe por onde começar?
Allan indica cinco livros para você que é iniciante:

]"A República" - Platão
"A Natureza do Bem" - Santo Agostinho
"A Vida Intelectual" - Sertillanges
"O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota" - Olavo de Carvalho
"A Nova Era e a Revolução Cultural" - Olavo de Carvalho


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Aqui uma entrevista em áudio 
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terça-feira, 24 de outubro de 2017

Autistas, e não artistas!


   A esquerda diz, com convicção: "o conservador", "a família brasileira" tem aversão ao nu. Eu me pergunto, como deveríamos então, que é a mais bonita obra e prova cristã: o corpo de Cristo? Em Homilia sobre a Epístola aos Colossenses, ele diz que "Jesus, antes de subir à cruz, despojou-se do velho homem tão facilmente como de suas vestimentas". O corpo não era tudo. Talvez seja essa a analise correta a se fazer. 
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   Quem sabe se olhássemos com cautela, preservando nossa memória de estudante que nem precisa ser boa, já que, falaremos aqui dos mais conhecidos, lembrando de Michelangelo que concebeu "O Juízo Final", "Escravo Moribundo" e "Leda"; "O Julgamento de Páris" de Petter Paul Rubens; vindo de uma pequena escultura da antiguidade acerca de 20.000 anos a.C como a Vênus de Willendorf, até os mais "menos atuais" registros como em 1504 as Le Tre Grazie, ou Os Cinco Sentidos de Hans Makart em 1884. Coisas sutis como O Putto em Equilibrio sobre um Balão de 1480; e como esquecer então do Homem Vitruviano de Leonardo da Vinci?

Resultado de imagem para A leda - michelangelo   A questão em si, não é o nu da obra, não é também a falta de contato das pessoas (principalmente falando de Brasil em questão de valor cultural, que aliás foi perdido, relembrando desde o Índio até a tropicalidade, a festividade carnavalesca transformada com o tempo em turismo sexual  e todas as outras liberdades gritantes que aqui temos), o problema é o conceito que o artista quer criar, é para quem e porque ele quer destinar aquela coisa contemplativa que buscará criar. Se o objetivo é estreitamente ideológico a fim de transmitir não uma ideia a analisar, ou algo a se contemplar/observar, mas uma verdade construída para ser absolvida, sentida, vivida e sugestivamente transmitir uma ideia formada, pronta para ser abraçada como a representação/solução/critica para o que se existe num mundo de uma opinião vista de apenas um ponto de vista sobre algo que é amplo, como uma verdade pessoal partilhada, tornando a obra uma maneira de absorver mentes que concordam e não mentes que contemplem. Como é possível dizer existir uma aversão ao nu sendo que a escultura da "justiça" está em fóruns do Brasil inteiro?


   
 A questão é que: não é a arte.

Resultado de imagem para homem vitruviano o que significa   A questão é, para o que essa cultura está sendo utilizada? O brasileiro não tem aversão ao nu, o brasileiro não é desprovido de cultura, já que temos a maior miscigenação de povos, e culturas misturaram-se com o tempo transformando-nos no que somos hoje, o brasileiro tem aversão a pedofilia, ao pensamento criminoso, a tentativa de desbanalizar a visão de alguns autistas que não entendem que zoofilia, pedofilia, necrofilia e afins não é normal. Tem aversão ao contexto sintético "artístico" que alguns libertinos criaram para embelezar sua hipocrisia promiscua e completamente erótica. A aversão é sobre essa lente sexual, essa mentalidade extremamente voltada a desejos e onde a relatividade existe para que nenhuma verdade então ocupe espaço, para que boçais possam ser nomeados "INTELECTUAIS", para criar novas ondas de revolução por meio de um método Gramsciano.

    Da pra aprofundar uma frase bem conhecida nas redes sociais: além do poste urinar no cachorro, ele ainda deseja que, de alguma forma, o cachorro permaneça naquele lugar, sem evitar a urina, sem reação natural alguma, as vezes o poste até ilumina o cachorro para ver se ele aprendeu a bater palmas. No caso, o limite do cachorro é aprender com o poste como ele deve fazer para receber mais agradavelmente a urina. 
Como foi dito, depende do contexto que a obra de arte está inserida, depende de qual é sensação que o autor quer causar. Fazer "obras de arte" é como escrever: quem não lê diversas vezes o que escreve, nunca melhora, sempre escreve rimas infantis com letras irreconhecíveis, que após um dia, um mês ou um ano serão motivos de piada para você mesmo. 
   O momento de criação da arte é a gravidez do autor, a gravidez que precede o nascimento. Cada segundo da criação, é um batimento diferente, uma descoberta diferente. Artistas são como mães curiosas pelo sexo do bebê, são como constelações que se formam no céu. Se a arte já tiver uma pré-definição ela deixa de ser arte e passa a ser apenas uma releitura. Portanto, artistas não, reeleitores de ideologias, prescritores de ideologias para as artes. Banalização da arte em si, para a construção de idealismos vindo de cabeças relativas. 




   Da mesma forma que é possível que um analfabeto tenha aprendido economia com a mãe nunca escolarizada e consiga chegar a administração de um país, é possível que se fabrique "autistas" que acreditem ter o dom de passar o que há de mais interessante na alma de um artista: A PUREZA.

"O artista deve ser puro, despido de visões de mundo quando cria. Se não, ele é apenas um espelho do que ele mesmo está vendo. Então, sua arte deve estar acima de qualquer visão de mundo. É como comparar as dezenas de quadros com o rosto excêntrico de Frida Khalo, com as criações magnânimas de Alejadinho."
Lais Orehan

sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Exposição de arte moderna, MAM.

Vamos falar um pouco sobre essa exposição de arte moderna acontecendo no MAM. 


O que é o IC11?

Uma década se encerrou, um novo ciclo se inicia. Este é o ano 1 de um reinício, de um novo ponto de partida. O encontro internacional de artes IC, realizado pela Dimenti Produções Culturais em parceria com a Associação Conexões Criativas, realiza a sua 11ª edição, de 19 a 27 de agosto de 2017, se propondo ao corpo a corpo entre artistas e públicos. Com o lema “Tô Pra Jogo”, o IC11 acolhe atividades que estimulam uma ação direta do público na obra de cada artista, ocupando os mesmos lugares, criando juntos, se tocando, se disponibilizando. Em transformação mútua. Agentes que formam um mesmo time, sendo corresponsáveis pela dinâmica de cada situação como numa partida de pingue-pongue.

É assim que o festival decide dar o primeiro chute na bola para começar de novo em tempos em que o engajamento e a participação direta são urgências sociopolíticas e, também, artísticas. Desde o princípio comprometido com o desafio do risco, o IC inaugura um campo novo, com grama recém-plantada, com o potencial de esverdear por meio de um esquema tático sereno, com ritmo mais sutil e íntimo.

Alguns dos artistas participantes são:
  •  Jorge Alencar
Aqui ele tem a:
► Peça infanto-juvenil baseada no livro homônimo da autora baiana Lilia Gramacho sobre o adolescer de uma menina e seu processo de auto-percepção.
► Obra de dança discute sobre gênero a partir de noções problemáticas como “feminino” e “masculino". Dança de salão e musicais de Hollywood são contextualizados na obra em termos de citação e de borrão coreográfico.
►Os contos de fadas tradicionais em versões adultas, fetichistas e musicais.

  •  Michel Groisman


  • Malayka SN

Artista visual, com experiência em performance, artes cênicas, produção cultural, desenho, mediação cultural, pintura, figurino e transformismo. Bolsista do Projeto Sankofa – Política de Diversidade de Gênero na Universidade Federal da Bahia (UFBA), do Prof. Leandro Colling. Malayka SN é um experimento performático que visa direcionar o foco para os borrões sociais e os hiatos percebidos entre o processo de criação da obra e a própria criatura. Tenta propor uma fusão horizontal de artes outras, dissolvendo diversas problemáticas inerentes ao processo de forma crítica e lúdica/psicodélica. Como romper a estética naturalista humana e pensar uma estética da monstruosidade? Malayka SN questiona.



E o que exatamente isso tem a ver com alguma coisa?

As imagens da interação da menina com a apresentação foram divulgadas por fontes desconhecidas na internet. A criança parece mostrar curiosidade enquanto engatinha pelo tatame, vendo uma mulher adulta tocar os pés do artista. A mulher a incentiva a participar, a menina ri, toca rapidamente os dedos dos pés dele, e volta à plateia diante de sorrisos do público.



Marcos* tem 52 anos, dois filhos adolescentes, uma esposa e um emprego. Ele também tem culpa - a culpa de quem cometeu um crime e teve que ir para a cadeia para perceber que precisava de ajuda. A culpa de quem tem uma doença que é associada quase automaticamente a um crime: pedofilia, termo médico para o desejo sexual por crianças. O psicólogo forense Antônio Serafim acrescenta que “a Justiça ainda vê o pedófilo como um criminoso, e não como uma pessoa doente”, afirma. Segundo Dimitri Sales, “o estupro tem uma dimensão social que influencia o julgador. Seria necessário pensar além da reclusão, que é responsabilidade do Código Penal. Era necessário criar uma medida terapêutica.”



A instituição acredita no diálogo e no debate plural como modo de convivência no ambiente democrático, desde que pautados pela racionalidade e a correta compreensão dos fatos.

Em “La Bête”, o premiado artista Schwartz, que trabalha há quase 20 anos com coreografia, manipula uma réplica de plástico de uma das esculturas da série e se coloca nu, vulnerável e entregue à performance artística, convidando o público a fazer o mesmo com ele.

Explicação: 

La bête significa a fera e é uma obra de 1975

VLADIMIR MAVOUNIA KOUKA

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Indicações;

Livros 
  • Fustel de Coulanges
  1. A cidade antiga 
  •  Leonard Szondi
  1. Introdução a psicologia
  • Thomas de Aquino
  1. Suma teológica
  2. Tratado de Lei
  3. Sermão sobre o credo
  4. Comentário a metafisica de Aristóteles 
  • George Orwell
  1. 1984
  • Mallarmé
  1. Antologia
  • Alfred de Vigny 
  1. Os grandes romances históricos
  • Saul Alisky
  1. Regras para radicais
  • Karl Marx
  1. O manifesto comunista
  2. O capital
  3. A ideologia alemã 
  • Olavo de Carvalho
  1. O minimo que você precisa saber para não ser um idiota
  2. A filosofia e seu inverso: e outros estudos.
  3. A formula para enlouquecer o mundo
  4. Maquiavel ou a confusão demoníaca
  5. Aristóteles em nova perspectiva
  6. O Jardim das Aflições
  • Alexandre Costa
  1. Introdução a Nova Ordem Mundial I
  2. Introdução a Nova Ordem Mundial II
  3. Bem-Vindo ao Hospício 
  4. Heráclito - Fragmentos Contextualizados
  • Dom Bertrand de Orleans e Bragança
  1. Psicose Ambientalista [as cinco edições]



Documentários

  • Josef Stalin e Hitler 
  1. Josef Stalin - Dez vezes pior que Hitler
  2. GNT - Lideres polêmicos - Stalin e Hitler
  3. Josef Stalin - A Origem
  4. Segredo dos Mortos: A rede de espíões de Stalin
  • Islamismo e a crise dos refugiados
  1. A verdadeira intenção da vinda dos refugiados para a Europa
  2. O terror que é o islamismo
  3. A intolerância islâmica na Inglaterra
  4. Refugiados arrastando mulher alemã no metrô para estupra-la
  5. A barbárie muçulmana na Europa
  6. A breve história do Islã - Briggitte Gabriel
  7. Isto é a Polônia
  8. Entrevista - Ex muçulmano vs muçulmana 
  9. Resposta aos muçulmanos pacíficos 
  • Kim Jong Un 
  1. The lovers and the despot
  2. Kim Jong Un - O Ultimo Principe Vermelho
  3. Documentário Proibido
  4. Toda a verdade 
  5. Liberdade ou morte
  6. I'm Sun Mu 
  • Mao Tse Tung
  1. A revolução da China
  2. A grande fome de Mao Tse Tung
  3. Mao Tse Tung
  4. Tiranos
  • Hugo Chavez
  1. A Venezuela de Hugo Chavez
  2. Storia di un golpe in Venezuela 
  3. La voice dei Barrios
  • Comunismo, Socialismo, Marxismo
  1. A história do Marxismo, Comunismo e Socialismo - Porque matar é fundamental
  2. Comunismo - A história de uma ilusão 
  3. O mundo perdido do comunismo 
  • Teologia da Libertação
  1. Teologia da Libertação e a esquerda brasileira
  2. O pai da teologia da libertação
  3. A teologia da libertação

domingo, 24 de setembro de 2017

II Encontro Conservador do Mato Grosso do Sul

   No dia 23 de setembro, deu-se inicio o II Encontro Conservador do Mato Grosso do Sul, organizado pelo Instituto Iniciativa. Aqui aproveito para mencionar com muita alegria, os nomes de Pietro Decenzo, Ingrid Gonçalves, Carla D'Amore, Julia D'amore que com maestria guiaram esse evento e muitos outros que aconteceram nesse ano de 2017. Parabenizo e agradeço pessoalmente por ter a oportunidade de participar e absorver cada palavra dita pelos palestrantes: Luis Vilar, um jornalista que me inspirou mesmo não tendo intenção alguma de cursar jornalismo atualmente, por causa das instituições corrompidas com o pensamento vermelho homogêneo, e também, um ex ateu que reconheceu no conhecimento a existência de Deus, a essência do ser humano e sua transcendência partindo desse principio. José Carlos Sepúlveda, como Analista Politico, a inspiração para estudar sobre a ciência politica que agora faz parte da minha vida, com seus arquivos riquíssimos dei abertura a uma nova visão. O Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança, Sua Alteza Imperial e Real, que com toda a certeza é o maior exemplo de brasileiro patriota que existe, nos trazendo uma riqueza incomensurável da sua vida e durante todos esses anos tem lutado para tornar o Brasil o melhor País do mundo. Alexandre Costa, autor do livro A Nova Ordem Mundial I e II e Bem Vindo ao Hospício, deu aos ouvintes uma aula sobre a dominação mundial por um governo autoritário e desumano de uma maneira muito acessível, uma aula que é necessária para o entendimento de toda ideologia e o que passamos na cultura, na religião, na educação, etc. 
   Resolvi enfatizar aqui, não tanto os palestrantes, não que não mereçam, terão um espaço em outro momento., mas a atitude que os trouxe aqui. À uns anos atrás, exatamente em 2013, eu estava panfletando pelas manifestações, sem apoio de ninguém, nenhum grupo e vendo as publicações que meu pai fazia, as coisas que ele escrevia e me mandava no power point sobre a corrupção. Passaram alguns anos e eu nunca tinha resolvido estudar ou me perguntar verdadeiramente o porque eu estava indo lá, o porque eu estava fazendo aquilo. Eu só sabia que eu odiava o PT e o PSDB, porque era o que meu pai dizia. Eu estava no meio de centenas de pessoas, muitas delas não sabiam assim como eu o que estava acontecendo e as poucas que sabiam, estavam sendo sufocadas pela mídia. Depois de muito panfleto feito a mão, muito cartaz eu conheci uma pessoa que me colocou num grupo, eu achava que dava pra mudar o mundo com aquilo lá. Vi toda desorganização e ego nele, via uma vontade de mudar, mas era apenas de 30%, pessoas desinteressadas envolvidas e as que estavam envolvidas não eram aquilo que falavam. Até então eu não sabia muita coisa além de pesquisas aleatórias que me fizeram entender o que havia acontecido em 2013. Eu estava em  2014, com pouco conteúdo, sem redes sociais, poucos livros, terminando uma faculdade de Design de Interiores e ainda sem companhias que me levassem para frente.
   Uma vez uma pessoa que eu admiro pela inteligencia me convidou a ir numa manifestação no Parque dos Poderes, dos Agropecuários contra Reinaldo Azambuja porque ele não poderia participar. Esse foi o dia que eu comecei a colocar os ponto nos "is". Foi nesse dia que eu conheci o Pietro. Não foi nesse dia que eu comecei a admira-lo, além de te-lo conhecido, conheci pessoas das quais não concordavam com ele, não contavam o porque, porém falam dele. Até então eu só conhecia-o pelas bocas das quais falei que as atitudes eram diferentes do que pregavam. Tudo que eu conheci e aprendi até agora, foi pelo direcionamento dele. Antes de eu conhecer o nome Olavo de Carvalho e de qualquer outro filósofo, cientista politico, qualquer que seja, quem me ajudou a compreender toda a história de maneira clara, conectada e lógica, foi o Pietro. E assim foi na sequencia, conheci a Ingrid, logo em seguida Carla e Julia D'amore, três mulheres que me fazem ter a absoluta certeza de que o feminismo não faz absolutamente nada por ninguém.Três mulheres fortes, dispostas a passar por situações, dispostas a ser a linha de frente, para dar e tomar porradas que muitos não aguentariam. Dispostas a lutar como mães, leoas, guerreiras pelos filhos perdidos do Brasil. 
   A partir dai, não tem um dia que eu não leia artigos, que eu não assista documentários, não estude pensando em como compor um grupo com pessoas tão ricas de conhecimento. Do momento que eu conheci essas pessoas dispostas a plantar sementes pra cá, eu descobri de verdade o que eu gostaria de fazer. Talvez daqui muitos anos eu possa agradecer todo esse acolhimento, toda essa base. Um grupo que se consolidou, com idéias fortes, com pessoas dispostas, com paciência e sabedoria. Vocês são em absoluto os responsáveis por uma colonia de formiguinhas se organizarem, se disponibilizarem para trabalhar em prol do Brasil. Meu agradecimento pessoal nessa pequena nota. 
   Desejo que depois desse Encontro, tenha surgido uma luz no fundo de todos que assistiram e terão a oportunidade de assistir a gravação futuramente. Desejo que todos queiram se auto-reavaliar, buscar o melhor de si para transmitir o melhor, amar ao próximo. Espero que desse congresso saia: coragem, respeito e fraternidade. 

                                                                                                                    Raiza Mariank

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Lei da Mordaça: nada mais se pode falar no mundo politicamente censurado


     Uma vez ouvi dizer que todos os veículos de mídia eram livres; lutaram pela liberdade de imprensa e pela liberdade do povo brasileiro. Hoje depois de algum tempo, sem nem mesmo prestar atenção minunciosamente, eu conclui sobre a imprensa, que apenas vivendo numa verdadeira liberdade ela teria a escolha de lutar abertamente para veicular noticias infames, se corrompendo ao monopólio do pensamento, transformando cada palavra escrita num objeto de discussão e distorção, cada formação de letras num crime contra a raça, a religião, a etnia, a sexualidade. Nada, nada jamais foi tão bem escrito quanto a novela brasileira, essa que vivemos atualmente. Eles estão a anos adestrando, se sustentando de politica, se sustentando em esquemas. Aqueles que um dia disseram lutar pela liberdade.
     Gostaria de viver num mundo onde todas as pessoas lutassem pela humanidade em si. Utópico da minha parte? Não. Entendo que todo ser humano nasce apto ao erro, portanto fazer uma analise de acertos e erros decorrente de situações diversas seria fundamental pra uma breve analise, mas nem de perto seria possível pela instabilidade que é o ser humano. Porém, imagine só, hoje em dia eu e tantas outras pessoas somos analisados criteriosamente por uma aparência, se não escrava de mídia, escravos de movimentos sociais que se limitam a dividir para conquistar. Talvez de todos esses anos, o momento que mais o movimento LGBT regrediu, foi quando se junto a politicas, deixando de lado estabilidade social, economia, qualidade de ensino, enfim, melhorias em todos os campos para lutar por algo dito deles, natural. Se é natural, se portar naturalmente é o certo, então naturalmente as pessoas vão assimilando e naturalmente as coisas mudam. Vimos por exemplo, toda as classes, de todos os cantos exaltados e excitados cantando freneticamente as músicas do Queen e o lembrando até hoje onde quer que vamos. Se for muito longe, talvez precisamos olhar aqui embaixo de nosso nariz, Ney Matogrosso, Cassia Eller, Cazuza. Quantos mais é preciso citar? Elton John, Jim Parsons,  Little Richard, David Bowie...
      

       O OBJETO QUE SE ANALISA ABAIXO, É UMA LEI.

Dispa-se 
  • Da arrogância:
  • Do desprezo pelo significado das frases
  • Do desprezo ao raciocínio alheio.
                                                                          Leia. 



Após de toda rapidez da mídia para falar em conservadorismo querendo tratar gays, uma coisa que não é de viés politico discutir, decidi buscar em todos os recursos da Constituição Federal, as respostas tão simples do que acontece atualmente.

Pensei brevemente ao ler: 
"MAS ORA, E ISSO NÃO É AJUDAR?"
Pensei sinceramente em um dos discursos fervorosos de uma militante sobre:
"SUICÍDIO ENTRE HOMOSSEXUAIS" 

  .Numa matéria de muito tempo atrás, li sobre esse tema e o que mais me deixa em duvida é: essa gritaria toda sobre cura gay, ódio cristão, ódio ao homossexual é somente pra sufocar aquelas pessoas que não podem buscar uma ajuda, até mesmo pra continuar se descobrindo, se aceitando, se amando? Isso de maneira indireta está intrinsecamente gravado na politica de esquerda que adora sufocar com muita democracia e amor social as pessoas? Assim como se acorda para o arco iris colorido, não se tem liberdade para repensar o quanto o próprio arco iris pode assustar as pessoas, o quanto o próprio arco-iris tem uma bela aparência mas talvez o tesouro seja um bocado de censura e outro de fanatismo ideológico? 
    Nessa matéria o estudo diz: 

"o que poderia levá-los a tirar a própria vida seria a falta de apoio espiritual, seguida de sentimentos gerados por outros dois relevantes motivos: indiferença e preconceito.
 “As dificuldades no relacionamento pessoal ou familiar, a depressão, a falta de amor próprio, a perda do sentido de viver, a dificuldade financeira, o desequilíbrio mental e a dificuldade para resolução de problemas também foram apontados como fatores motivacionais do suicídio”, complementou Wilzacler.
                 - matéria completa -

Agora, não por desprezo, iremos observar o que causa depressão em pessoas no geral, pessoas que também habitam o mesmo mundo, o mesmo que te expele, te da uns tapinhas na bunda e quer que você chore pra demonstrar estar vivo. O mesmo pra todos, de carne e osso. Como qualquer um quer vai para baixo da terra /com ajuda do movimento, haverá protestos por que existe cremação, além de enterro. 

Motivos
As pessoas podem tentar ou cometer suicídio por diversos motivos:


  • numa tentativa de se livrarem de uma situação de extrema aflição, para a qual acham que não há solução

  • por estarem num estado psicótico, isto é, fora da realidade

  • por se acharem perseguidas, sem alternativa de fuga

  • por se acharem deprimidas, achando que a vida não vale a pena

  • por terem uma doença física incurável e se acharem desesperançados com sua situação

  • por serem portadores de um transtorno de personalidade e atentarem contra a vida num impulso de raiva ou para chamar a atenção.


    Entende-se então que, movimentos LGBT se importam mais com a quantidade de militantes formados pelas massas, do que com a saúde psicológica de alguém, que mesmo não querendo deixar de ser homossexual, possam livremente explorar seus sentimentos com uma pessoa qualificada que poderá suprir todas as suas aflições, medos, dúvidas com seu conhecimento na área. Por exemplo, entende-se então, que a heterossexualidade pode ser tratada, portanto, é uma doença, que inclusive recorrendo a ideologias pode ser tratada e revertida. Por então dizer, ser heterossexual é uma doença, com isso, a partir dos 12 anos de idade e até menos, pode-se recorrer a mudança de sexo sem consentimento paterno/materno. 
   Entende-se então, se declarado homossexual a vida tem todo valor, leis, cotas, benefícios, lugar no trono da militância, mas a partir do momento em que a pessoa se sentir desconfortável e buscar ajuda, nada mais, naquele corpo hétero, naquele hétero enrustido, naquele ser humano por trás dos rótulos interessa. A sua vida passa a ter uma imposição como se HOMO fosse a representação de uma Esquerda/Direita, como se fosse preciso destruir a fraternidade entre seres humanos, para se criar um novo universo.  
     Entende-se então que é perfeitamente normal, saudável, democrático e anti-fascista nascer gay, não
ter sexo e completamente errado e discriminatório, abominável ser hétero. É então indiscutível que seja negado apoio aos homossexuais que se sentem perdidos no meio desse mundo que só quer ser ANTI-TUDO e é só ANTI SER-HUMANO.

NO FINAL DE TUDO, A FRASE QUE MELHOR DESCREVE O BRASIL NESSE MOMENTO É A DE UMA PRESIDENTE CORRUPTA: 

"Não acho que quem ganhar
 ou quem perder,
 nem quem ganhar nem perder,
 vai ganhar ou perder.
 Vai todo mundo perder."


Afinal,
 tudo isso nada mais é que,
 abrir mão de uma nação
 achando que conquistar um vilarejo abandonado é significativo.




terça-feira, 25 de julho de 2017

Entrevista:

Luiz Vilar


      "Bem, a pior coisa é falar de si mesmo (risos)." diz Luis Vilar. 

       Luis Vilar mora em Maceió (AL), cidade onde nasceu. É jornalista e já trabalhou como professor de Literatura e Filosofia, em cursos preparatórios para vestibular e concursos. "Escolhi o jornalismo por acaso. Na realidade, sempre sonhei em cursar Filosofia, mas acabei optando por jornalismo, por acreditar ser possível aliar a paixão pelos livros e pelos estudos ao trabalho, dentro da área específica do jornalismo que escolhi, que é a de opinião e análise. Pensava em fazer textos na área cultura, envolvendo Literatura e Filosofia, mas a vida acabou me encaminhando para a editoria de política.Gosto de política, mas não é a minha principal paixão. Os assuntos que mais me atraem estão no estudo da História, da Teologia e da Filosofia. Era ateu, mas acabei me convertendo ao cristianismo justamente por conta do estudo da Teologia e da História."

 Hoje, Luis Vilar é um católico, conservador em sentido filosófico, que rejeita a mentalidade revolucionária e se opõe ao secularismo. 


 "Por conta disso, acabei me tornando minoritário, digamos assim, dentro do meu campo de trabalho. Sempre acreditei que o jornalismo e a Filosofia tem algo em comum: a postura contemplativa na busca pela verdade. Na área do jornalismo, a defesa da liberdade de expressão, do exercício da profissão sem submissão à ideologias (sejam elas quais forem) e busca por objetividade e honestidade intelectual se tornaram bandeiras caras para mim. Tanto que o exercício disso tudo em minha vida profissional e pessoal é o que me fez sofrer mudanças significativas no processo, como a defesa do Cristianismo, por exemplo."



1. Luís, o jornalismo é dominado pela esquerda, descaradamente militante, quais as maiores dificuldades no começo? Qual é a diferença da sua época e se isso melhorou ou piorou?

Sim, o jornalismo é dominado por ideologias seculares, pelo progressismo e pelo discurso ideológico da esquerda, sobretudo nas pautas culturais e comportamentais, digamos assim. Dentro disso, a forma como se enxerga a política e consequência disso ao meu ver, que tem a ver com o gramiscismo. No começo, não tive dificuldades, pois era mais um repórter em redações de jornais. Achava o discurso “progressista” estranho, mas não tinha bases suficiente para rebatê-lo. Porém, me dedicava muito aos estudos de obras que eram elogiadas no meio - como a leitura do próprio Karl Marx, por exemplo (li muita coisa dele, como ainda leio) - bem como busquei a leitura dos contrapontos, das críticas e de autores que eram estigmatizados ou sequer conhecidos. Nessas idas e vindas por obras, encontrei Ortega y Gasset e outros que me acordaram para o que antes eu achava apenas “estranho”. Comecei a perceber que via aquilo tudo como também errado. Dediquei-me ao estudo antes de começar a “querer ter opinião”. Não tive pressa nisso. Quando comecei a me posicionar, algumas dificuldades vieram naturalmente, pois eu estava me colocando no lado oposto de uma maioria. Com isso vieram os críticos, bem como também os que concordam comigo, tanto leitores como alguns jornalistas. Nesse momento, foi quando resolvi ter um blog e começar a executar um trabalho em redes sociais mais voltado a análises e opiniões. Achava importante esse contraponto. Sobretudo, achava importante divulgar aquelas obras que estavam me ajudando. Sempre acreditei ser uma forma de também ajudar ao próximo. De dizer: olha, existe mais coisa por aí que não chegam por conta de barreiras existentes na mídia. E estas coisas precisam ser observadas. Vá lá, estude, leia, se informe e aí decida por você mesmo. Trate sua própria opinião a base de chicotadas para realmente saber se ela se sustenta. Assim, eu mesmo sai de uma redoma onde só era permitido pensar por um viés e comecei a enxergar e estudar temas como a Nova Ordem Mundial, a cosmovisão proposta por Eric Voegelin, dentre outros autores que também pude conhecer por conta da obra do professor Olavo de Carvalho. No início, era difícil encontrar até mesmo com quem dialogar sobre esses estudos. Acredito que as redes sociais nos dias de hoje possibilitaram furar o bloqueio e surgiram páginas por aí que exercem jornalismo de forma mais independente. Então, acho que nesse aspecto melhorou. Um exemplo é esta rede de contato que me possibilita dialogar com vocês aqui hoje e participar de eventos como os do Instituto Iniciativa. Sinto hoje uma “fome de saber” por parte de muita gente e isso me alegra. É uma galera que está tirando o véu e se encantando ao perceber que há mais para além do que antes viam. Mas, ainda vivemos numa miséria moral e intelectual muito grande nesse país, uma relativização absurda, um discurso ideológico de esquerda predominante, quase que hegemônico, que resulta em um mercado editoral restrito. A própria esquerda intelectual decaiu nesse processo. Se antes ainda havia obras como a de Konder, que escreve bem, hoje temos desgraças como o recente Como Conversar com um Fascista de uma filósofa que nem lembro o nome. O livro é uma tragédia. Então, houve um declínio na produção intelectual desse país. Mas, por outro lado, editoras como a É Realizações e a Vide Editorial e a própria Record tem contribuído bastante para um novo cenário. Eu me sinto otimista quando penso no “longo prazo”. Não acredito em mudanças repentinas, nem acho que eu vou vivenciá-las. Mas creio que há uma turma hoje que projeta e planta sementes de um ambiente mais promissor. Todavia, tenho ciência de que isso é um trabalho para décadas adiante. É importante começar com esse trabalho de formiguinha, diálogo a diálogo, cabeça a cabeça, pequenos eventos, pequenos meios, pois acho que a saída é pelo resgate da alta cultura, da Educação, da promoção do saber, do confronto de ideias. Tenho um ceticismo muito grande em relação à política. É uma herança do pensamento de Oakeshott, que muito me influenciou. Então, tenho doses de esperanças com o futuro, apesar de perceber uma degradação moral e intelectual no Brasil de hoje que me espanta. Todo mundo quer viver em voz alta, ter opinião sobre tudo, ser pós-moderno a qualquer custo, ter a imagem de bom-mocismo por meio do relativismo, mas senta pouco a bunda na cadeira para realmente estudar sobre as posições que toma. Quando vejo eventos do porte deste do Instituto Inciativa, vejo que há também quem se preocupa com isso e quer debater de forma mais aprofundada. Isso me enche de esperança e é uma honra poder participar.

2. Já se sentiu frustrado pelo ambiente cansativo que a esquerda criou no País?

Vai além disso. Eu me sinto frustrado com ambientes de desrespeito, intolerância, degradação moral e intelectual e encontramos isso não apenas em uma esquerda. É claro que vejo parte dessa degradação por conta do secularismo, que tem raízes no iluminismo radical e suas mentiras históricas na busca por desconstruir o passado. A nossa própria formação da República é isso. Quando deram o golpe e fundaram a República quiseram apagar e/ou deturpar todo o passado. Ficamos reféns de um positivismo, de uma engenharia-social, de um patronato muito bem descrito pelo Raimundo Faoro em Os Donos do Poder e que reaparece em um livro chamado A Formação das Almas. Um ambiente que é bem descrito pelo professor Olavo de Carvalho em O Jardim das Aflições e A Nova Era e a Revolução Cultural. Há ainda o politicamente correto e a demonização de qualquer ideia que saia da redoma permitida dos intelectuais de plantão, como mostra Thomas Sowell em Os Intelectuais e A Sociedade. Isto me incomoda. Se formos pensar no Brasil recente, veremos como os meios culturais foram dominados pelos progressistas nas décadas passadas. Há épocas desse país que somente agora são revisionadas de maneira mais honesta por alguns historiadores, como fez o Laurentino Gomes em relação a Proclamação da República. Precisamos resgatar nomes como Gustavo Corção, Bruno Tolentino, Roberto Campos, Otto Maria Carpeaux, Merquior, dentre tantos outros, e produzir novos, que já estão surgindo como o Alexandre Costa, o Hélio Angotti, o Bene Barbosa, enfim…Então, não podemos nos render ao cansaço emocional com tanta coisa a fazer. Se há um cansaço é preciso lembrar o que nos move lá no íntimo e que esse ambiente não poderá nos derrotar.

3. Qual é a maior dificuldade que a direita enfrenta atualmente? 
Não sei avaliar. É muita pretensão minha - com o pouco estudo que tenho - identificar a “maior dificuldade” que uma direita enfrenta. Há dificuldades, é óbvio. Entre elas, a de ainda estarmos em um processo de formação, pois até pouco tempo atrás - e eu senti isso na pele - era algo absurdo você se dizer de direita. Você era imediatamente associado ao militarismo, erroneamente ao fascismo etc. Agora é que a coisa começa a ficar mais clara, pois a direita mostra suas bandeiras: a defesa da vida, defesa da propriedade privada, das garantias individuais, das liberdades individuais, do direito à legítima defesa, dentre tantas outras pautas. Para cada pauta dessa um leque imenso de estudos que precisam ser feitos. O que eu percebo, muitas vezes, é que há açodamentos que causam rachas e divisões por todo e qualquer motivo. Uma troca de acusações que não percebe que a própria direita em si não é hegemônica. Por exemplo: eu não vejo o conservadorismo em sentido filosófico como uma ideologia e nem deposito todas as fichas em um político seja ele qual for e tenho divergências com pessoas da direita que muito admiro e não deixo de admirar por conta de eventuais divergências, pois acho esse processo rico e de aprendizagem. Agora, precisamos ocupar espaços, mostrar quem somos, o que pensamos e ocupar espaços inclui também participar da política lembrando que esta é a arte do possível. A direita tem as dificuldades naturais de um processo de formação depois de tantos anos sem sequer ter o direito de existir. Que Deus nos ilumine nesse processo e toque em nossos corações em nome das boas intenções e do que nos move. Que não sejamos engolidos por egos, vaidades, picuinhas, que aprendamos com as críticas naturais em um processo de formação e que tenhamos um foco para além da política, pois tem muita gente boa espalhada por esse país, que está estudando, lutando com pode, buscando abrir portas, ocupar espaços, despertar pessoas para o que está acontecendo. E que saibamos nos desviar dos canalhas oportunistas que enxergam tudo como uma “onda” e buscam surfar nela pelos mais diversos interesses, entre eles, os eleitoreiros. Para separar o joio do trigo, precisamos de paciência, estudo e compromisso com a verdade.


4. Mesmo tendo a maior parte do Brasil conservadora, porque você acha que isso não é visto de maneira significativa? 

A questão central é quem domina os meios culturais. Acho fundamental entender como a estrutura de poder do Brasil funciona para enxergarmos bem isso. Temos um estamento burocrático e centralizado de um lado e uma intelectualidade orgânica de outro, tocando uma agenda que condiz com um processo “globalista-progressista”, que - por sua vez - visa moldar comportamentos por meio de uma engenharia-social. Volto a citar aqui a necessidade de se ler Sowell e Faoro. O primeiro nos dá a dimensão desse processo de engenharia-social ao analisar determinados intelectuais. O segundo mostra bem como funciona esse patronato no Brasil que é o que precisa ser quebrado. Quem tem voz nos meios culturais do país e toca a agenda? É a população? Não! São os grupos aparelhados que fingem agir em nome dela. Quebrar essa estrutura por meio da ocupação de espaços será um passo importante. E isso não se faz trocando políticos, mas levando essas discussões e apresentando ideias com as quais a população se identifique dentro dos meios culturais. Por isso que vejo a discussão do Escola Sem Partido como fundamental. Escola não é para ser nem de direita nem de esquerda, muito menos para subverter o processo educacional no qual a família é importante como base de muitos valores. E isto é só um exemplo. Quantas vezes a população não foi desrespeitada por esse estamento que se encontra em completa ausência de sintonia com a realidade? O Estatuto do Desarmamento é um exemplo disso.

5. Atualmente, há um ciclo corruptor inconsciente, que tem levado grupos de “direita” a se envolverem com corruptos, como se o “poder”, as “visualizações”, curtidas e benefícios se tornassem mais importantes que a causa em si. Você acredita que isso pode ser mais prejudicial a direita do que a própria esquerda? 
Sem dúvida isso é prejudicial à direita. Perdemos com isso porque nos desmobilizamos antes mesmo de ocupar os espaços que almejamos. Enquanto a esquerda é caviar (por ter toda uma estrutura) a direita ainda é “pão com ovo”, por depender de iniciativas que vão de encontro a essas estruturas dominantes. E o pior - na guerra cultural e de narrativas - ainda somos acusados de ser o que não somos ou de estarmos aliados ao que não estamos, como a Globo (que é progressista pra caralho!), mas é tida como a vilã das esquerdas. Entende? Não sei se há um ciclo corruptor inconsciente ou consciente. O que sei é que não podemos ser açodados, depositando todas as fichas em curtidas de redes sociais, visualizações, ou políticos com chances de ser eleitos. Precisamos ser mais sólidos que tudo isso porque temos conteúdo para sermos mais sólidos. Daí minha fé no estudo. Eu não me preocupo com quantas curtidas um post meu vai ter ou a quem vai agradar ou desagradar. Eu me preocupo em buscar a verdade e estar a serviço dela, assim como isso me preocupa na hora que decido votar em alguém, me associar a alguém ou construir um grupo. Creio que é isso que deve nos inspirar. Sermos inspirados por um trabalho serio onde tudo mais nasça naturalmente ao passo em que formos ocupando os espaços. Não podemos achar que isso será “pra ontem”, pois é preciso ter ideia do que enfrentamos, da estrutura já existente do outro lado. E precisamos estudar a forma como esse outro lado pensa também. Saber como age, como ocupa seus espaços, a origem de cada ideia e o objetivo que planejam. 

6. Houve algum momento, dia, entrevista ou algo que te tirou do sério no momento?

Não. Nunca me deixei contaminar pelo ódio. Raiva de algumas situações é claro que já senti. Senti-me injustiçado em alguns momentos? Sim. Mas são momentos onde apelo para orações e minha Fé me ajuda muito nesse sentido. Quero ter meu coração leve e minha mente sadia nas lutas que busco travar. Trato com educação a todos, pois muitas das pessoas que - em discussões públicas - me rebateram fizeram por falta de informação ou até mesmo por ingenuidade e depois, em longas conversas, repensaram. Assim como já houve críticas que foram para me “consertar” e me ajudar a enxergar melhor determinada questão. Quanto aos canalhas, que são desonestos intelectuais, agridem e buscam destruir mesmo, a estes eu sempre ofertei o desprezo e textos que visam os desmascarar em público, mostrando quem são e porque fazem o que fazem. Minha paciência com canalhas é ZERO. Mas, eles não me tiram do sério. Eu uso desta “paciência ZERO” para respirar fundo, e - sem o uso da bílis, mas o o uso do cérebro - mostrar quem eles são. E aí, quem quiser que veja. Quem não, que permaneça com a venda nos olhos. Todavia, o que não deixo de fazer é chamar as coisas pelo nome. Então, já usei muito palavrão para denunciar situações absurdas em que o palavrão é até carinhoso comparado ao que os olhos vêem. Às vezes, mandar aquele filha da puta tomar no cu é até um gesto de piedade para ver se o sujeito acorda para o que ele faz com o outro e consigo mesmo. 

7. Sobre a direita de base, a galera que só tem a intenção de ganhar por repetição, assim como a esquerda e não busca o conhecimento para realmente se infiltrar em meios e converter as pessoas. Como isso é visto por você e qual seria a solução na sua opinião?

Não acho que o que você descreve seja “direita de base”, pois quem vai a luta usa as ferramentas que possui naquele momento. Por vezes, é até um sujeito que está vendo a verdade, é bem intencionado, está realmente revoltado com o estado de coisas que vivemos, mas ainda não tem um cabedal de conhecimento para estruturar de forma clara a sua ideia. O único conselho que dou é: estudo, estudo, estudo e mais estudo. Estudo e leitura sobre tudo, inclusive sobre estratégias de agir em determinadas situações, pois a claque gera um efeito interessante, que é o que o Lobão descreveu como jogar xadrez com os pombos: o sujeito que perde o debate, derruba as peças, caga no tabuleiro e sai cantando vitória. Todavia, precisamos compreender que estamos em processo de formação, mas trocando o pneu com o carro andando. Então é preciso reconhecer a boa vontade e a forma como muita gente tem se engajado sinceramente. O que condeno são apenas os oportunistas. Mas precisamos sim dizer que buscar conhecimento é FUNDAMENTAL. O compositor Humberto Gessinger tem uns versos, na canção Museu de Cera, que gosto muito. Diz assim: “Não vá a guerra de pés descalços, não pise no tapete com essas botas imundas”. Entende isso? É preciso reconhecer qual a ferramenta certa para o momento preciso. 

8. Quais são as iniciativas mais importantes por parte dos jovens, adolescentes que devem ser valorizadas pelo movimento?
Eu devolvo com uma pergunta para refletirmos: quais são as iniciativas mais importantes dos movimentos para valorizar, estimular e conscientizar os jovens e adolescentes que buscam ter iniciativas? Se respondermos essa pergunta, consequentemente entenderemos o que é importante valorizar. Eu torço por formações de grupos de estudos, eventos como este, conversas sobre estratégias e iniciativas, enfim…isso tem um resultado incrível. 

9. No Brasil, para a direita na verdade, tudo é difícil. Inclusive, a compra de livros. Recomenda um site ou lugar que você compre os seus.

Sou fã do trabalho que vem sendo feito pelo Carlos Andreazza na Editora Record. Soube que ele trará a tradução de Yuval Levin para o Brasil, que é uma analista político fantástico. Fiquei muito feliz com a notícia. Gosto muito do trabalho da Vide Editorial e da É Realizações também. Existem editoras pequenas lançando boas obras. Mas é fundamental que também leiamos o pensamento de esquerda. É um saco, mas eu ainda faço isso. É importante compreender esse universo. 

10. O que te fez mudar em relação a religião e o que você diria as pessoas em relação a isso?
Tudo! O Cristianismo me fez renascer. É difícil explicar em uma pergunta. Mas as obras de filósofos católicos associadas à leitura da Bíblia e a vivência cristã, como a presença da Igreja, fizeram de mim um homem mais tolerante, mas aberto a entender o outro, guardando menos mágoas e dando maior sentido à família, ao amor ao próximo e a me dedicar a valores que garantiram a conquista de coisas belas para a Humanidade. Para mim, o Cristianismo é fundamental. Como era ateu, minha conversão significa muito pra mim. O que tenho a dizer às pessoas sobre isso é: Cristianismo transforma! E se alguém duvida, lanço o desafio de estudá-lo a fundo, o processo da Revelação Histórica, a ética cristã, a filosofia de Aquino, Santa Tereza, dentre outros sábios da Igreja. Deixe a porta aberta para que isso toque a sua alma e sinta o poder de transformação que faz com que você entenda de fato e verdadeiramente que o nosso Reino é outro. 


11. Ano passado, no encontro conservador, S.A.I.R Dom Bertrand de Orleans e Bragança disse: “Eu tenho certeza que muitos aqui não eram monarquista ou até mesmo nunca tinham pensado nisso, mas depois dessa palestra a maioria aqui vai ver na monarquia uma solução, um sistema melhor”. O que mudou para você ali? Qual sua opinião sobre monarquia? 
Gosto da monarquia constitucional e dos valores que ela inspira. E a vejo como superior a nossa República que já nasceu para dar errado, como até já falei um pouco nas questões anteriores. Mas, não sou um monarquista. Eu tenho uma visão republicana nos moldes de Tavares Bastos (pensador alagoano), que acredita em uma república descentralizada, com respeito às decisões por comunidades, de baixo pra cima, dentro de um espírito que é o da fundação dos EUA. Para que se entenda melhor indico a obra o Grande Experimento de Marcel Novaes e A Província de Tavares Bastos. São visões com as quais mais comungo. Mas isso não é uma crítica ao sistema monárquico, que elogiei no início dessa resposta. Agora se fosse para escolher entre a monarquia e a República que temos hoje, eu escolheria a monarquia. O que sou contra é a regimes autoritários, centralizadores, que partem de decisões que vão de cima pra baixo, ou revolucionários e totalitários. É contra isso que luto. Ainda em relação à nossa monarquia, tenho uma admiração enorme pela biografia de D. Pedro II. 

12. Qual a melhor experiência que você já teve até hoje?
A conversão ao Cristianismo e o sentimento da Presença Real de Deus. 

13.  O que você espera do Brasil daqui pra frente? Qual sua opinião sobre a prisão do Lula, sobre as eleições trazerem agora Bolsonaro?
 A prisão de Lula - caso aconteça - representa Justiça. Trata-se do chefe de uma quadrilha que não apenas institucionalizou a corrupção, mas corrompeu um país por completo, moral e intelectualmente, com todos os males que já conversamos. Não tenho dúvidas da culpa de Lula e o vejo como o pior político de nossa história. Espero que o Brasil tenha dias melhores, mas sei que a mudança não é rápida.Mas falei da esperança que tenho e onde a deposito. Quanto a Bolsonaro, acho importante alguém que fale muita coisa do que ele fala. Não concordo com tudo, mas não faço a ele as críticas que a esquerda faz. Associam a imagem dele a xingamentos que não fazem o menor sentido. Todavia, ter alguém que aponte o que a esquerda é, faça críticas dura a ela e abra espaços para determinadas discussões no ambiente onde ele se encontra é importantíssimo. Natural que surja como uma opção no campo de direita. Acompanho as posturas dele com bastante atenção, vejo que evoluiu. Espero que consiga o espaço para se candidatar, pois parece que até o partido dele trabalha contra ele. É um nome fora do establishment. Talvez seja o único. Perfeito? Não! Não há político perfeito. Mas um nome que pode ser uma opção.




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