sábado, 27 de janeiro de 2018




  • 7. G. K. Chesterton

"O temperamento artístico é uma doença que aflige os diletantes". No Homem eterno, Chesterton explicita:

É a inversão de um pressuposto subconsciente da alma; a sensação de que existe um significado e uma direção no mundo que ela enxerga. Lucrécio, o primeiro evolucionista que se esforçou para substituir Deus pela evolução, já havia exposto aos olhos dos homens sua dança de cintilantes átomos, com a qual ele concebeu o cosmo sendo criado do caos. Mas não foi sua forte poesia ou sua triste filosofia, imagino eu, que possibilitaram aos homens acalentar essa visão. Foi algo no sentido de uma impotência e um desespero, e com isso os homens ergueram em vão os punhos contra as estrelas, quando viram as mais belas obras da humanidade afundando lenta e fatalmente num lodaçal. Eles poderiam facilmente acreditar que até a própria criação não era uma criação, mas uma perpétua queda, quando viram que as mais sólidas e dignas obras de toda a humanidade estavam caindo devido a seu próprio peso. Poderiam imaginar que todas as estrelas eram estrelas cadentes; e que os próprios pilares de seus solenes pórticos estavam se curvando sob uma espécie de crescente Dilúvio. Para gente naquele estado de espírito havia um motivo para o ateísmo, que em certo sentido é racional. A mitologia poderia desaparecer e a filosofia poderia fossilizar-se; mas, se por trás dessas coisas havia uma realidade, com certeza essa realidade poderia ter sustentado as coisas que iam caindo. Não existia nenhum Deus; se existisse um Deus, com certeza esse era o momento exato para ele agir e salvar o mundo.

  • 8. Thomas Sowell
Na questão econômica, me interessei por ele no final do ano passado e já estudando ciência politica, despertou um interesse ainda mais. 

1. "This feeling in the general population which leaders of the civil rights movement of the 1960s were able to mobilize behind their efforts to destroy the Jim Crow laws of the South, so that a majority of the members in both houses of Congress from both political parties voted for the landmark Civil Rights Act of 1964 and the Voting Rights Act of 1965" 
2. "Para melhorar esses males e promover o progresso, os indivíduos confiam em características sistêmicas de certos processos sociais, tais como tradições morais, mercado ou famílias. Consideram esses processos mais como evoluídos do que concebidos – e confiam mais nesses padrões gerais de interação humana do que em políticas específicas concebidas para produzir diretamente certos resultados para determinados indivíduos ou grupos."

  • 9. João Camilo de Oliveira 
Em teoria geral da história, Camilo de Oliveira deixa visível a degradação atual do ensino. Não é esse o sentido do livro, mas lendo-o e reconhecendo-o como um historiador escritorprofessor e jornalista brasileiro, você entende que hoje em dia nada existe!

"O problema central da teoria do conhecimento histórico coloca-se, efetivamente, de modo mais nítido em nosso tempo, em virtude de haver, definitivamente, a dimensão-tempo se introduzido em nossas maneiras de pensar. Se houve outrora grandes filosofias de fundo histórico, elas, por assim dizer, ficaram sem deixar uma descendência à altura -- recorde-se a pouca influência de Plotino, de São Paulo, de Santo Agostinho e de Duns Escoto no que se refere à visão da realidade como ser no tempo. Até nossa época, dominou a maneira clássica de ver as coisas, oriunda da visão estática e escultural da razão helênica, que nasceu de um filho de escultor que foi Sócrates. De certo modo estamos acostumados a ver o mundo como realidades justapostas - nós estamos acostumados a "ver" o mundo, raramente a "ouvir" o mundo. O mundo que a vista nos revela é um mundo de coisas justapostas, um mundo tridimensional, de esferas duras e fixas - Vieira, que era homem viajado e que vivia entre os homens que destruíram a imagem ptolomaica do universo, não obstante admitia o universo como esferas concêntricas, rígidas e especiais, - chegou, em certo sermão, ele que andou contando de seu púlpito as descobertas de Galileu, a falar na distância entre os diferentes "céus" e a terra. Ora, o homem de nossa época descobriu a dimensão-tempo e conheceu a anulação do espaço." 

  • 10. João Pereira Coutinho
Ser conservador é ser familiar. 

"Um homem de disposição conservadora, porém, tenderá a valorizar primeiro esses confortos do presente. Não porque eles sejam superiores a uma alternativa hipotética , mas, precisamente porque elas são uma alternativa hipotética, São reais, tangíveis. Familiares. E a possibilidade de os perdem numa situação de mudança violenta e repentina, afigura-se como uma privação fundamental Para um conservador, só abraçam entusiasmadamente a mudança, e consequentemente toda possibilidade de perda, "aqueles que são estranhos ao amor e ao afeto."


  •  11. A Nova Era da Revolução Cultural 
"O conceito de gramscianismo de intelectual funda-se exclusivamente na sociologia das profissões e, por isto, é bem elástico: há lugar nele para os contadores, os meirinhos, os funcionários dos correios, os locutores esportivos e o pessoal do show business. Toda essa gente ajuda a elaborar e difundir a ideologia de classe é a única teoria que existe uma vedette que sacuda as banhas nu espetáculo de protesto pode ser bem mais intelectual do que um filosofo"

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

"Nos deparamos todos os dias com pessoas que aderem movimentos por pura levada social."

contra o modismo, progressismo e fundamentalismo

Quantas vezes ouvi que "não precisamos nos aprofundar em nada"¹, "é preciso saber tudo um pouco"², "a experiência nos faz sábios"³ e argumentos sofistas que nos cansam os ouvidos e olhos? Ora, ainda bem que ainda existe a literatura para nos ensinar e nos levar a verdade. 
Deixo abaixo, aos conservadores de rede social, de conduta dissociada ao que pronuncia uma série de recomendações.
(Não, eu não conseguiria dizer que mesmo lendo, alguns uma vez, outros cinco, qual eu acho o mais importante, na minha visão. Aliás, nem saberia dizer se estou pronta para comenta-los, tendo em vista ainda a minha incapacidade de projetar meus pontos de vista em relação aos livros.) 

Pelo simples fato de mostrar o quanto é importante pensar de todas as maneiras possíveis, começarei pelo que mais gosto.
  • 1. Aristóteles - A república
Sócrates — "Portanto, estando o filósofo em cantata com
o que é sagrado e sujeito à ordem, ele mesmo toma-se ordenado
e sagrado, dentro do limite permitida pela natureza humana,
a que não evita que, com frequência, a multidão o julgue de
forma injusta."
Adimanto — "Com certeza."
Sócrates — "Quer dizer que, se uma necessidade o obrigasse
a tentar introduzir nos costumes públicos e privados o que ele
considera mais elevado, em vez de se limitar a modelar o seu
próprio caráter, julgas que seria um mau mestre da moderação,
da justiça e de todas as outras virtudes civis?"
Adimanto — "De jeito nenhum"

  • 2. Russel Kirk 
Em "The Politics of Prudence", Kirk enumera dez princípios do conservadorismo. 

1. O conservador acredita na existência de uma ordem moral perene.
2. O conservador adere ao costume, às convenções e à continuidade.
3. Conservadores acreditam no que pode ser chamado princípio da prescrição.
4. Conservadores são guiados por seu princípio de prudência.
5. Conservadores prestam atenção ao princípio da diversidade.
6. Conservadores são refreados por seu princípio de imperfectibilidade.
7. Conservadores estão persuadidos de que propriedade e liberdade estão intimamente vinculadas.
8. Conservadores apoiam a associação voluntária, tanto quanto se opõem ao coletivismo involuntário.
9. O conservador compreende a necessidade de restrição prudente sobre o poder e sobre as paixões humanas.
10. O pensador conservador entende que permanência e mudança devem ser reconhecidas e reconciliadas numa sociedade vigorosa.

  • 3. J.C Lewis 
Cristianismo puro e simples. Um dos propulsores do que hoje procuro incansavelmente. 

"O problema real da vida cristã aparece onde as pessoas normalmente não o procuram. Ele aparece no instante em que você acorda cada manhã. Todos os desejos e esperanças para o dia correm para você como animais selvagens. E a primeira tarefa de cada manhã consiste simplesmente em empurra-los todos para traz; em dar ouvidos a outra voz, tomando aquele outro ponto de vista, deixando aquela outra vida mais ampla, mais forte e mais calma entrar como uma brisa. E assim por diante, todos os dias. Mantendo distância de todas as inquietações e de todos os aborrecimentos naturais, protegendo-se do vento.
No começo, somos capazes de fazê-lo somente por alguns momentos. Mas então o novo tipo de vida estará se propagando por todo o nosso ser, porque então estamos deixando Cristo trabalhar em nós no lugar certo. (...) 
Quando Cristo disse “sede perfeitos”, quis dizer isso mesmo. Ele quis dizer que temos que entrar no tratamento completo. Pode ser duro para um ovo se transformar em um pássaro; seria uma visão deveras divertida, e muito mais difícil, tentar voar enquanto ainda se é um ovo. Hoje nós somos como ovos. Mas você não pode se contentar em ser um ovo comum, ainda que decente. Ou sua casca se rompe ou você apodrecerá."

  • 4. Olavo de Carvalho
Eu o odiei por alguns meses até que assisti O Jardim das Aflições. Hoje, talvez, esse seja um dos livros que eu mais li e é com certeza o filme que mais assisti.

"A coisa que mais impressiona o estudioso do assunto é a onipresença da manipulação, da mente na vida contemporânea. Sem ela, os grandes movimentos de massa que marcam a história do século simplesmente não teriam podido existir. É impossível imaginar o que teria sido da propaganda comunista sem reflexos condicionados e sem a lavagem cerebral inventada pelos chineses; o que teria sido do fascismo e do nazismo sem a técnica da estimulação contraditória com que esses movimentos desorganizavam a sociedade civil; como teriam desenrolado os dois conflitos mundiais e dezenas de conflitos locais e revoluções sem o uso maciço da guerra psicológica; o que teria sido dos governantes ocidentais e dos grandes empreendimentos capitalistas sem o controle imaginário de e a "modificação de comportamento" que exercem sobre populações que não têm disto a menor suspeita; que fim teriam levado as organizações esotéricas e pseudo-esotéricas e o movimento da new age sem as técnicas de hipnose instantânea e comunicação subconsciente com que reduzem à escravidão mental de discípulos em todo mundo..."
  • 5. Edmund Burke 
"Ninguém comete erro maior do que não fazer nada porque só pode fazer um pouco."

Deixando o seco, imperativo estilo de um ato de parlamento, ele faz os lordes e comuns caírem em uma pia, legislativa ejaculação, e declarar, que eles consideram "como uma maravilhosa providência, e piedosa bondade de Deus a esta nação, preservar suas ditas majestades pessoas reais, mais felizmente a reinar sobre nós no trono de seus antepassados, pelo que, do fundo de seus corações, eles retornam seus mais humildes agradecimentos e louvores."---A legislatura claramente tinha em vista o ato de reconhecimento do primeiro de Rainha Elizabeth, Cap. 3.o, e daquele de James o Primeiro, Cap. 1.o, ambos atos fortemente declaratórios da natureza herdável da coroa; e em muitas partes eles seguem, com uma quase literal precisão, as palavras e até a forma de agradecimento, que se encontra nesses velhos estatutos declaratórios.
  • 6. Roger Scruton 
Como ser um conservador, será um livro que lerei novamente, pelo simples fato de que quando li, não consegui absorver tudo e não tinha muito domínio. 

"Vivemos em grandes sociedades e dependemos, de milhares de maneiras, das ações e dos desejos de desconhecidos. Estamos ligados a esses desconhecidos pela cidadania, pela lei, pela nacionalidade e pela vizinhança. Tais vínculos entre nós não são, sozinhos, suficientes para solucionar o grande problema que compartilhamos, o problema da coordenação. Como podemos seguir com nossas vidas em relativa harmonia, desfrutar de um ambiente de liberdade e buscar nossos objetivos por conta própria? Em A riqueza das nações, Adam Smith argumenta que o interesse individual pode resolver esse problema. Instituídos uma economia livre e um estado de direito imparcial, o interesse individual conduz a uma distribuição ótima dos recursos. Smith não considera a liberdade econômica a essência da política nem acreditava que o interesse individual era o único motivo, nem mesmo o mais importante, que comandava o nosso comportamento econômico. Um mercado pode fazer a alocação racional dos bens e serviços somente onde há confiança entre os integrantes, e a confiança só existe onde as pessoas assumem a responsabilidade por seus atos e se tornam responsáveis por aqueles com quem negociam. Em outras palavras, a ordem econômica depende de uma ordem moral"



¹. Imagina viver superficialmente em/de tudo?
². Talvez esse seja o pior dos argumentos. Quem sabe de tudo um pouco, não sabe nada de porra nenhuma. 
³. Se experiência, e somente ela, trouxesse-nos sabedoria, talvez Lula teria aprendido a ser bom caráter

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

O comunismo



COMUNISMO

Comunismo 
é uma "doutrina social", segundo a qual se pode e deve "restabelecer" o que se chama "estado natural", em que todos teriam o mesmo direito a tudo, mediante a abolição da propriedade privada. Nos séculos XIX e XX, o termo foi usado para qualificar um movimento políticoAlém disso, um comunista também pode ser uma pessoa que faz parte desse movimento revolucionário, que tem como objetivo instituir uma sociedade comunista através da extinção do sistema capitalista. Um dos objetivos do comunismo na sua vertente revolucionária é instituir uma ditadura do proletariado que tem como fundamento o marxismo aprimorado pelo leninismo.

"Nenhum comunista merece consideração, nenhum comunista é pessoa decente, nenhum comunista é digno de crédito. São todos a escória da espécie humana. Devemos respeitar seu direito à vida e à liberdade, como respeitamos o dos cães e das lagartixas, mas não devemos lhes conceder nada mais que isso". :- 
Olavo de Carvalho - A escória do mundo, Diário do Comércio
20/05/2008“





Nos dicionários e na cabeça do povinho semi-analfabeto das universidades, a diferença entre capitalismo e comunismo é a de um “modo de produção”, ou, mais especificamente, a da “propriedade dos meios de produção”, privada num caso, pública no outro. Mas isso é a autodefinição que o comunismo dá a si mesmo: é um slogan ideológico, um símbolo aglutinador da militância, não uma definição objetiva. Se até os adversários do comunismo a aceitam, isto só prova que se deixaram dominar mentalmente por aqueles que os odeiam – e esse domínio é precisamente aquilo que, no vocabulário da estratégia comunista, se chama “hegemonia”.
Objetivamente, a estatização completa dos meios de produção nunca existiu nem nunca existirá: ela é uma impossibilidade econômica pura e simples. Ludwig von Mises já demonstrou isso em 1921 e, após umas débeis esperneadas, os comunistas desistiram de tentar contestá-lo: sabiam e sabem que ele tinha razão.
Em todos os regimes comunistas do mundo, uma parcela considerável da economia sempre se conservou nas mãos de investidores privados. De início, clandestinamente, sob as vistas grossas de um governo consciente de que a economia não sobreviveria sem isso. Mais tarde, declarada e oficialmente, sob o nome de “perestroika” ou qualquer outro. Tudo indica que a participação do capital privado na economia chegou mesmo a ser maior em alguns regimes comunistas do que em várias nações tidas como “capitalistas”.
Isso mostra, com a maior clareza possível, que o comunismo não é um modo de produção, não é um sistema de propriedade dos meios de produção. É um movimento político que tem um objetivo totalmente diferente e ao qual o símbolo “propriedade pública dos meios de produção” serve apenas de pretexto hipnótico para controle das massas: é a cenoura que atrai o burro para cá e para lá, sem que ele jamais chegue ou possa chegar ao prometidíssimo e inviabilíssimo “modo de produção comunista”.
No entanto, se deixaram a iniciativa privada à solta, por saber que a economia é por natureza a parte mais incontrolável da vida social, todos os governos comunistas de todos os continentes fizeram o possível e o impossível para controlar o que fosse controlável, o que não dependesse de casualidades imprevisíveis mas do funcionamento de uns poucos canais de ação diretamente acessíveis à intervenção governamental.
Esses canais eram: os partidos e movimentos políticos, a mídia, a educação popular, a religião e as instituições de cultura. Dominando um número limitado de organizações e grupos, o governo comunista podia assim controlar diretamente a política e o comportamento de toda a sociedade civil, sem a menor necessidade de exercer um impossível controle igualmente draconiano sobre a produção, a distribuição e o comércio de bens e serviços.
Essa é a definição real do comunismo: controle efetivo e total da sociedade civil e política, sob o pretexto de um “modo de produção” cujo advento continuará e terá de continuar sendo adiado pelos séculos dos séculos.
A prática real do comunismo traz consigo o total desmentido do princípio básico que lhe dá fundamento teórico: o princípio de que a política, a cultura e a vida social em geral dependem do “modo de produção”. Se dependessem, um governo comunista não poderia sobreviver por muito tempo sem estatizar por completo a propriedade dos meios de produção. Bem ao contrário, o comunismo só tem sobrevivido, e sobrevive ainda, da sua capacidade de adiar indefinidamente o cumprimento dessa promessa absurda. Esta, portanto, não é a sua essência nem a sua definição: é o falso pretexto de que ele se utiliza para controlar ditatorialmente a sociedade.
Trair suas promessas não é, portanto, um “desvio” do programa comunista: é a sua essência, a sua natureza permanente, a condição mesma da sua subsistência.
Compreensivelmente, é esse mesmo caráter dúplice e escorregadio que lhe permite ludibriar não somente a massa de seus adeptos e militantes, mas até seus inimigos declarados: os empresários capitalistas. Tão logo estes se deixam persuadir do preceito marxista de que o modo de produção determina o curso da vida social e política (e é quase impossível que não acabem se convencendo disso, dado que a economia é a sua esfera de ação própria e o foco maior dos seus interesses), a conclusão que tiram daí é que, enquanto estiver garantida uma certa margem de ação para a iniciativa privada, o comunismo continuará sendo uma ameaça vaga, distante e até puramente imaginária. Enquanto isso, vão deixando o governo comunista ir invadindo e dominando áreas cada vez mais amplas da sociedade civil e da política, até chegar-se ao ponto em que a única liberdade que resta – para uns poucos, decerto – é a de ganhar dinheiro. Com a condição de que sejam bons meninos e não usem o dinheiro como meio para conquistar outras liberdades.
Ao primeiro sinal de que um empresário, confiado no dinheiro, se atreve a ter suas próprias opiniões, ou a deixar que seus empregados as tenham, o governo trata de fazê-lo lembrar que não passa do beneficiário provisório de uma concessão estatal que pode ser revogada a qualquer momento. O sr. Silvio Santos é o enésimo a receber esse recado.
É assim que um governo comunista vai dominando tudo em torno, sem que ninguém deseje admitir que já está vivendo sob uma ditadura comunista. Por trás, os comunistas mais experientes riem: “Ha! Ha! Esses idiotas pensam que o que queremos é controlar a economia! O que queremos é controlar seus cérebros, seus corações, suas vidas.”
E já controlam.



Karl Marx

Karl Marx - comunista - 
baseado em Kant, Hegel, Smith, Rousseau e Proudhon 

"O método dialéctico de Hegel, que foi retomado por Karl Marx, era uma extensão do método de raciocínio por "antinomias" que Kant havia utilizado."


A família de Marx era originalmente judaica. Seu avô foi rabino, e seu pai, Heinrich Marx, se converteu ao cristianismo. Karl não teve nenhum grande contato com a cultura e religião judaicas. Influenciados pelos hegelianos criticava a religião e o estado. Em 1842 conhece Engels trabalhando para o jornal Gazeta Renana. Casado com a filha do Barão Jenny Von Westaphalien com quem teve 7 filhos, somente 3 chegando a vida adulta e a traiu com a empregada, Helena Demuth (esse filho foi rejeitado por Marx e assumido por Engels). Foi expulso da França e da Bélgica por criticar o governo alemão, residiu em Londres patrocinado por seus "admiradores". 
Com a ajuda de Engels, Marx pública na véspera da revolução de 1848 o manifesto comunista, criticando o capitalismo. Em 1867 publica "O Capital"  
Marx pensava que o triunfo do proletariado faria surgir uma sociedade sem classes. Isto seria alcançado pela união da classe trabalhadora organizada em torno de um partido 
revolucionário. 

“Sem violência, não dá para se chegar a realizar nada na historia”
Karl Marx

Karl Marx além de anti-semita era altamente racista. A obra escrita por Nathaniel Weyl, intitulado “Karl Marx, Racist” (1979) especifica todos seus pensamentos. Segue abaixo algumas dessas afirmações:

Numa carta de julho de 1862 para Engels, em referência a Ferdinand Lassalle, seu competidor político socialista, Marx escreveu: “…é agora completamente evidente para mim que, como provam a formação de seu crânio e seus cabelos, ele descende dos negros do Egito, presumindo que sua mãe ou avó não tinha cruzado com um preto. Ora, essa união de judaísmo e germanismo com uma substância negra básica deve produzir um produto peculiar. A impertinência do camarada é também característica dos pretos”.


Outro aspecto criminoso do marxismo, é o genocídio instituído. Em janeiro de 1849, no jornal marxista "Neue Reinische Zeitung"Engels escreveu um artigo sobre a guerra de classes e os que ele classificou entre "preparados para a revolução" e os "despreparados para a revolução". Basicamente, os aptos a se tornarem agentes ativos da revolução eram os povos que já viviam um capitalismo industrial, onde os aspectos observados por Marx (divisão de classes, antagonismo de "donos do capital" e trabalhadores) fossem notadamente existentes. Os inaptos eram os povos considerados dois passos atrás no processo histórico, por que não alcançaram sequer o capitalismo e portanto não poderiam se lançar na revolução, já que os aspectos que tipificam a luta de classes não existem nessas sociedades primitivas, que basicamente viviam de agricultura, atividades artesanais e trocas por escambo. Engels listou alguns destes povos despreparados: bretões, escoceses, bascos e sérvios. Ele chegou a empregar o termo "lixo racial" para designá-los.
Um trecho que deixa nítida a intenção genocida, das próprias palavras dos teóricos do comunismo marxista, evidencia esse desprezo pela vida humana e o desejo da instituição das mortes em massa e das limpezas étnicas:


"A guerra geral através da qual haverá a quebra e o esmagamento da escória eslava e a limpeza de todas estas nações imundas, até o último de seus nomes. A próxima guerra mundial  resultará no desaparecimento da face da Terra não apenas das classes e dinastias reacionárias, como também dos povos reacionários inteiros. E isto, também, é um passo adiante."
(Engels)

"As classes e as raças fracas demais para conduzirem as novas condições de vida, precisam ceder lugar (...). Elas precisam perecer no holocausto revolucionário"
(Karl Marx)


Em A Questão Judaica, Marx elabora:
“Consideremos o judeu concreto, mundano, não o judeu do Sabbath, como Bauer faz, mas o judeu cotidiano. Não procuremos o segredo do judeu em sua religião, e sim o segredo de sua religião no judeu real. Qual é a base secular do judaísmo? A necessidade prática. O auto-interesse. Qual é a religião mundana do judeu? A pilantragem. Qual é seu deus mundano? O dinheiro." 
O livro de Carlos Moore apresenta ainda mais provas do racismo de Marx e Engels e deixarei o pdf do livro em link para a leitura dos interessados. 
"As classes e as raças, fracas demais para dominar as novas condições de vida, devem ser submetidas à dominação.  Quando a revolução socialista acontecer, quando a guerra de classes acontecer, haverão sociedades primitivas na Europa dois estágios atrás, porque elas nem sequer são capitalistas ainda. Os bascos, os bretões, os escoceses, os sérvios, que chamo de "lixo racial" tem que ser destruídos porque, estando dois estágios atrás na luta histórica, será impossível trazê- los ao nível dos revolucionários. Os húngaros e os povos eslavos são imundos e a Polônia não tem razão para existir. As classes e as raças, fracas demais para conduzir as novas condições de vida devem deixar de existir. Elas devem perecer no holocausto revolucionário." 

Engels e Marx em janeiro de 1849, jornal Nova Gazeta Renana, de Karl Marx.



"O tom expressava a firme convicção de sua missão de dominar a mente dos homens e de lhes ditar suas leis. Diante de mim erguia-se a encarnação de um ditador democrático.” 
Heinrich Heine - amigo de Marx 


Grande Crise de Fome (1958-1961) na China.
Décadas de governo comunista fizeram com
que o país tivesse grandes crises de alimentação.
Mao disse que Marx foi deturpado e que o seu
marxismo era o único "verdadeiro".

Imannuel Kant

Imannuel Kant - iluminista e republicano - 
baseado em Hume, Rousseau e Lutero



Pode-se dizer que a concepção kantiana acerca da história, em especial o modo como é concebido o nascimento da sociedade civil e de como é legitimado o exercício do poder, serviu como um dos sustentáculos teóricos do formalismo jurídico de nosso século, que teve seu grau máximo de elaboração no pensamento de Hans Kelsen. Para chegarmos ao conceito kantiano do que venha a ser o “contrato social” como sustentáculo da sociedade (conceito distinto de Hobbes, Rousseau, Locke), . Kant possui uma concepção linear de história, que está voltada cumulativamente para o futuro, surgindo assim a ideia de PROGRESSO. Há na história uma teleologia, em que as ações humanas e qualquer acontecimento natural são determinados por leis naturais universais (que são as leis da razão). Esta finalidade está presente em todo o reino orgânico, em que as partes de cada organismo recebe o seu sentido dentro de sua relação com o todo. Se quisermos entender a natureza orgânica, teremos que considerar os organismos como se “criados” conforme determinados fins que, uma vez compreendidos, poderemos ver a natureza como uma totalidade em que cada parte é solidária às demais e se subordina segundo o princípio finalístico (teleológico), ao bem e à perfeição do todo: “A suposição dum último fim da natureza nasce do exame das condições do exercício de nossa faculdade de julgar, que não pode pensar a totalidade dessa natureza a não ser que a tome como sistema de fins. O homem é esse fim supremo, pois seu entendimento lhe ensina a utilizar-se das mais variadas criaturas, formar um conceito dos fins e situar todos eles num sistema racional.”

Se distingue por um período inicial denominado “pré-crítico”, caracterizado por seu apego à metafísica racionalista de Wolff e seu interesse pela física de Newton. No início de 1760, influenciado pela filosofia do filósofo inglês David Hume, começou a dar forma à tese central de sua filosofia. Em 1770, depois de obter a cátedra, transcorreram 10 anos de silêncio, durante os quais se dedicou ao trabalho de construir sua “Filosofia Crítica”, ao entrar em contato com o empirismo cético do filósofo inglês, David Hume, que lhe permitiu, segundo suas próprias palavras, “despertar de um sonho dogmático”.
Segundo Kant, a natureza pode ser trabalhada tanto no seu aspecto mecânico quanto no subjetivo ou de ambas as maneiras, abre um precedente metodológico heurístico, não mais metafísico sobre a natureza e as ciências que a estudam. A nosso ver, este princípio heurístico está materializado na noção de princípios regulativos teleológicos e estéticos. A teleologia constituiu-se em Kant (1995) na possibilidade de se estudar o organismo como um todo, permitindo conhecer sua organização, o que pode produzir um conhecimento relativo ao organismo no que diz respeito ao ponto de vista humano e ao seu poder de julgamento. O mundo para Kant é um microcosmos guiado por leis empíricas e transcendentais. Sob o ponto de vista científico, ele pode ser observado, experienciado, matematizado, como pode ser instrumentalizado e classificado em diferentes ordens de grandeza e qualidades e até em termos funcionais. Pode também ser pensado sob o ponto de vista teorético e prático. Esta proposta heurística, que a nosso ver começou a ser gestada nos Princípios Metafísicos das Ciências da Natureza (KANT, 1990), publicados em 1786, vai até Opus Postumum (KANT, 1995), sendo pouco desenvolvida por Kant. 

  • Kant foi o idealizador da Revolução Francesa e inspirado em seu pensamento, os líderes revolucionários (assim como Kant), decapitaram centenas de pessoas, na sua maioria, lideres da igreja, com o intuito de consagrar o sistema republicano. Relembrando que para destruir os feitos da igreja católica, era preciso destruir as monarquias. 


Fichte se pronunciou sobre a Revolução através de dois textos escritos em poucos meses e publicados anonimamente em 1973: 


  1. Zurück forderung der Denkfreiheit von den Fürsten Europens, die sie bisher unterdrückten - "Reivindicação da liberdade de pensamento aos príncipes que até agora a reprimiram" 
  2.   “Um tremendo espetáculo”: Kant e Fichte frente à Revolução Francesa (Beitrag zur Berichtigung der Urteile des Publikums über die französische Revolution). 
Por sua vez, Rousseau (1959, p.593) declara que “por um lado, a guerra e as conquistas, por outro, o progresso do despotismo ajudam-se mutuamente”. A guerra finca então suas raízes não na maldade presumida da natureza humana, no pecado original, mas nas instituições político-sociais concretas, determinadas. Rousseau não hesita em tirar disso todas as conseqüências. Sendo revolucionário, é inevitável: “e então não se trata mais de persuadir, mas de obrigar, e não é necessário escrever livros, mas retirar as tropas”. Em conclusão, a união cosmopolita entre os povos e os Estados só pode “ocorrer por meio de revoluções” (ibidem, p.595-600)

(Despotismo é uma forma de governo onde todo o poder está concentrado em apenas um governante, de maneira isolada e arbitrária. O despotismo é praticado por um déspota; um indivíduo que utiliza de seu poder para tiranizar e oprimir os que não seguem as suas normas.)



Fichte acreditou receber deste evento estímulos e sugestões que transmitiram um movimento decisivo para o seu projeto de construção filosófica. Na sua interpretação, a revolução política ocorrida na França se vinculava ao movimento de inovação que ele queria imprimir no pensamento e que estava convicto de poder realizar dando continuidade, de modo temerário, à revolução na filosofia, a qual já havia sido encaminhada por Kant.  

  • Kant também acreditava que os países deveriam ser livres sem distinção de raças, que todos deveriam ser abrigados em qualquer nação. Sua ideia de sociedade mundial perfeita foi descrita em diversos textos para jornais na época.


  1. "O legislador deve promulgar as suas leis como se estas pudessem resultar, da vontade unificada de todo o povo, assim como deve considerar a cada súdito, na medida em que deseja ser cidadão, como se tivesse expresso o seu consentimento sobre esta vontade. (KANT, I. TuP. v. VI, p. 381)."

"A Revolução Francesa, iniciada em 1789, quando parte dos Estados Gerais convocados pelo Rei Luís XVI para cobrir o deficit público, instauram a Assembleia Nacional e elaboram preliminarmente a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, a qual tenta explicitamente conciliar os direitos do homem, defendidos pelos liberais que se sentaram à direita, com os direitos dos cidadãos, sustentados pelos republicanos que se sentaram à esquerda. Contudo, do mesmo modo que ocorreu na Revolução Americana, a Revolução Francesa também se afastou do liberalismo e adotou princípios cada vez mais próximos do republicanismo, na medida em que os jacobinos foram prevalecendo, o que resultou, inicialmente, na elaboração da Constituição de 1791 e, depois, na Constituição de 1793, inteiramente republicana,  ainda que não tenha entrado em vigor, por conta da radicalização ocorrida no período do Terror."

2. "A submissão incondicionada da vontade do povo (que está em si desunida e, consequentemente, sem lei) a uma vontade soberana (que une a todos através de uma lei) é um ato, que só pode começar pela tomada do poder supremo e que fundamenta inicialmente um direito público. Permitir, contudo, uma resistência contra esta perfeição de poder (o que limitaria o poder supremo) é contradizer-se a si mesmo; porque, então, este (com relação a quem a resistência seria autorizada) não seria o poder legal supremo, que determina inicialmente o que deve ser ou não publicamente correto. (KANT, I. MdS, v. VII, “Anhang”, p. 180)."

"O Instituto de Filosofia da Universidade Johann Wolfgang Goethe de Frankfurt organiza a conferência internacional "A idéia kantiana de paz e o problema de uma ordem jurídica e pacífica internacional hoje", em homenagem aos duzentos anos da Paz Perpétua de Kant e aos cinqüenta anos da Carta das Nações Unidas. No ano seguinte é publicado o volume de textos da conferência, organizado por Matthias Lutz-Bachmann e James Bohman, cujo título retomaria o lema do "idealismo utópico": A Paz pelo Direito (Lutz-Bachmann e Bohman, 1996). Em 1997, estes mesmos autores publicam Perpetual Peace. Essays on Kant's Cosmopolitan Ideal, acentuando na "Introdução" que os ensaios ali reunidos mostram a relevância contemporânea do texto, que tem como tema básico os efeitos pacíficos do direito e a idéia de que uma ordem pacífica pode ser criada apenas por um direito cosmopolita que envolva os direitos dos cidadãos do mundo, substituindo o direito das gentes clássico. Para eles, o novo contexto histórico - com a massiva desigualdade na distribuição dos recursos, a interdependência econômica, o pluralismo cultural associado às vezes com nacionalismo, separatismo étnico e fundamentalismo religioso, as armas nucleares - parecem ter tornado Kant "mais interessante". Todos os ensaios naquele volume são kantianos, dizem os seus organizadores, na medida em que todos concordam que a paz deve ser "positiva e cosmopolita" (Bohman, 1997:2-6). A Fundação Friedrich-Naumann e a Associação de escritores alemães Schleswig-Holstein, também em 1995, organizam o congresso "Homenagem a Kant. Sua Obra À Paz Perpétua". Seus organizadores assim justificam o evento: "O escrito de Kant tem duzentos anos. A idéia nele desenvolvida de paz é hoje, todavia, de uma impressionante atualidade" (Hauberg e Beutin, 1996:7), pois "segundo Kant, a paz perpétua não deve permanecer uma mera Idéia, se vemos como nosso dever e esperança legítima realizar o direito internacional passo a passo e continuamente" (idem)."


 NOSSA CONSTITUIÇÃO E KANT

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