terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Entrevista;

Rodrigo Jungmann
"Sou um católico relapso que gostaria de salvar o mundo do globalismo, do islamismo e dos eurasianos."

Conservador, católico e 
Professor na UFPE

1. Quando e qual foi o principal motivo para a escolha de sua profissão?
Minha escolha foi tardia por vários motivos. Eu tinha interesses intelectuais dos mais variados, o que resultou em dispersão. Além disso, embora sempre fascinado pela filosofia, pesava contra ela o estigma de que professor de filosofia “morre de fome”. Mas, em última análise, o que determina a escolha é gostar de estar envolvido com a atividade em questão.
2. O senhor poderia mencionar quais foram os cenários encontrados onde lecionou?
Lecionei ainda como aluno de pós nos Estados Unidos, em faculdades privadas no Brasil, e em duas de nossas federais. Tanto a satisfação laboral quanto a remuneração variaram imensamente a depender do empregador.
3. Qual a maior dificuldade dos professores?
Bem, supondo que a segurança material esteja razoavelmente garantida e que o professor tenha intenções honestas, o maior desafio é o de estimular nos alunos a paixão pelo saber e pela indagação. Infelizmente, a apatia ainda viceja em nossas escolas e universidades.
4. Miguel Nagib, vendo a doutrinação ideológica dentro das escolas e universidades, lançou o projeto escola sem partido, qual a importância desse projeto?
Considero o Projeto Escola sem Partido uma das mais nobres e importantes iniciativas dos últimos anos. É necessário que os alunos tenham acesso a visões de mundo genuinamente contrastantes e não só àquelas que alimentam o poder cultural da esquerda.
5. Em algum momento sofreu perseguição da esquerda? Por qual motivo?
Em vários momentos, tive eventos invadidos, fui objeto de berreiros e xingamentos, de olhares enviesados, de boatos quanto a riscos a minha integridade física e que tais. O fato mais grave naturalmente foi a invasão do meu gabinete pessoal, que foi depredado, com vários livros furtados e grosserias inomináveis pichadas nas paredes. A mais grave naturalmente foi o infame “Stalin matou pouco”.


6. É possível fazer um quadro de análise das mudanças ocorridas desde a época que o senhor entrou no colégio até agora? /O que melhorou e o que piorou? 
Houve melhoras nas tecnologias disponíveis e pioras na qualidade do ensino e em tudo mais.
7. Quais foram as suas inspirações?
Na juventude, minha paixão pela ciência encontrou um forte estímulo nos filmes e livres do astrônomo americano Carl Sagan. À medida que meus interesses foram se encaminhando para as humanidades, tive vários professores que me fascinaram. Mas nenhum deles tanto quanto o Professor Olavo de Carvalho.
8. O que mais te deixa bravo e quais os maiores absurdos que já ouviu /leu?
As coisas que mais detesto são a injustiça e a cegueira diante de verdades óbvias que alguns teimam em não aceitar. Assim, sinto uma forte repugnância com a obstinação de alguns pelo ideal comunista, criminoso e fracassado que é, bem como pela insistência politicamente correta em apresentar o Islã como uma “religião da paz”, contrariando toda a evidência da história e todo bom-senso. A demonização covarde e vergonhosa do moderno estado de Israel também me enche de horror.
9. Antecipando a corrida eleitoral: qual seria a melhor e a pior hipótese para o Brasil segurar em 2019?
Vejo a eleição de Jair Bolsonaro como preferível, embora o deputado tenha um temperamento difícil e pouco traquejo na arte de negociar. Espero que ele abrace decididamente a causa do liberalismo econômico, mantendo-se, naturalmente, fiel aos valores conservadores que vem defendendo com destemor.
10. O porte de armas foi "prejudicial" para o país?
A questão das armas está entre aquelas que devem ser examinadas sem juízos apressados e com vigorosa devoção aos dados empíricos. Entre nós, o ativista Bené Barbosa tem feito um belíssimo trabalho de esclarecimento. O quadro que emerge de suas pesquisas e de tantos outros estudiosos é simples e irrefutável: a proibição do porte de armas pelo cidadão de bem é que tem causado ao nosso país um dano incalculável. Como costumar dizer um autor americano: “more guns, less crime “. Ou seja, quando há mais armas de posse do cidadão comum e ordeiro, reduz-se a criminalidade.
11. Há uma crescente e já significativa islamização no Brasil, além de uma facilitação para a imigração. Hoje na Europa, o declínio é visível. Como prevenir que isso ocorra no Brasil (se é que ainda é possível)? 
Embora irresponsavelmente alavancada nos governos petistas, a chegada de imigrantes islâmicos no Brasil ainda não gerou percentuais que cheguem a assustar. O ideal é permitir a permanência dos que estão entre nós sem descumprimentos das leis e dificultar ao máximo a chegada de novas levas. O Islã simplesmente não é compatível com a democracia liberal. Esta è uma verdade que pode parecer dura e chocar, mas nada se ganha em escamoteá-la.
12. Quais os 5 livros que indicaria?
O Dom Quixote, Hamlet, Guerra e Paz, Anna Karenina e 1984.
13. Como candidato, quais seriam suas propostas?
A ênfase da minha atuação necessariamente envolveria a denúncia do esquerdismo radical, a promoção da segurança pública e a melhora de nossas escolas.

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