sexta-feira, 4 de maio de 2018

Ser um bosta está na moda!

É muito mais fácil ser errado que ser alguém na vida.
Já parou pra pensar? 

De muito tempo atrás para cá, venho prestando atenção que certos comportamentos trazem mais elogios que outros. E não falo de bons comportamentos. Até relatividade se tornou relativa no país, como poderia isso acontecer? Obviamente não fui a primeira a notar o feito, mas tão próximo dos nossos olhos o objeto em observação potencializa e começamos a ver o quanto estamos envolvidos numa condição animalesca, que não cansa de ruir e parece ter o objetivo único de cavar o poço cada vez mais fundo. 
O fastígio da vida intelectual se torna um pedaço de papel, a estrema da vida profissional se torna um cargo público, a relevância da politica se torna cabal, o afeto se torna raso, a ascendência perde o valor e o contemporâneo é ovacionado, como se todo patrimônio passado não precisasse ter existido, como se inteligência dependesse de alguém além da volição própria, como se brotássemos do nada: sem perspectiva, sem razão.
Hoje ser "hype" é o que enseja o pensamento de aceitação e ponto. Ser "aquilo ali" e "que me aceitem dessa forma". De fato: fraco, fresco e igualzinho. Sim, igualzinho. Que não inspira, só enfastia. Hoje olhamos no horizonte e ao invés de nos impressionarmos com o esplendor da cultura miscigenada, nos deparamos com repetições jocosas de um nada sem término. 

O que motiva?

Se você simplesmente olhar para uma paisagem apática o tempo todo, durante anos, que não te surpreenda e não te fomenta a criação, o máximo que pode chegar a titulo de criatividade é Frida Kahlo e sua imbecilidade facial vestida em mil cenários infecundos maquiados pelo coitadismo e tristeza existencial. Quem admira a deformidade, hora que se depara com Caravaggio, assusta-se, invidia, repudia ou se entrega e deleitasse. Eis nossa sociedade atual, moderna e deslumbrada com Abaporus. Envergonhada de dizer que não assimila ainda, que não compreende ainda, que não pode acertar ainda. A sociedade sem conhecimento de causa, que enterrou os bons modos e costumes que trouxe-os a atualidade. O que motiva? A graça em tudo, a falta de seriedade e sobriedade, a analise pueril e incauta, a histeria e vontade de se parecer e se aparecer, a falta de vontade de inspirar e se inspirar. Somente ser unicamente igualzinho. No cabelo, no rosto, na fala, do gozo de ser louco e parecer diante daqueles que evoluíram  um simples deficiente, incapaz. Ter o ego elevado, cheio das nove horas, fingir que vive agora enquanto não lembra nem do que o trouxe e nem sabe para onde ir. Só vai. Independente de onde, mas vai...atrás daqueles que nada trazem e nada acrescentam. 

 Ser 

Ser: tornou-se nada mais, nada menos que nadar a favor da correnteza, deixando se levar por ideias, por ideologias, por gostos que não satisfazem nem seu ego, nem sua alma, nem seu corpo, nem sua mente. Ser tornou-se estar. Apenas existir, sem objetivo, sem criatividade, sem força. Ser fraco, ser covarde, ser inútil, a ponto de não ter vergonha de sentir e ser vergonha para si. Ser nada e sentir orgulho disso. Gritar com toda vontade que ser nada é o que se almeja. A reclamação aglomerada dentro de si, expande-se para fora, como se aquelas outras pessoas em volta se importassem com a importância que você não dá a si mesmo, sendo que as pessoas que você acumula são da mesma maneira que você é. Ser se tornou algo engraçado, a auto-piada. O "meme" de si próprio. 

Empurrando com a barriga

Viver a vida requer de todos muito mais que uma opinião picaresca, imbecil e pueril. Requer ainda mais que só empurrar com a barriga, que fingir, que somente existir. Requer muito mais que sofrer por qualquer agulhinha, por qualquer frescurinha, que qualquer dificuldade. Viver é muito mais que aquele seu texto de auto-ajuda que não ajuda nem a ti mesmo, tão menos as pessoas como você, que só querem uma bengala enquanto deslizam pela esteira em direção a lugar nenhum. Viver é muito mais que a sua auto-afirmação de ser um nada e seu orgulho de ser esse nada que você mesmo percebe ao olhar-se no espelho. Sua própria tristeza diz quem você é. E você ainda vai querer fingir para quem quando não tem ninguém além de si mesmo, que é quase o mesmo que nada? 

Acreditar em Deus

Ele não é seu instrumento. Não. Ele não é aquela sua peça de usar e guardar. Ele não é uma "coisa". Deus não é seu amiguinho igualzinho, cheio de passividade. Deus é onipresente, onisciente, onipotente. Jesus é a prova de que força não é carregar criança no ventre ou aguentar imbecilidades e então, Maria não é qualquer mãezinha com facebook desesperada por atenção após ser largada pela não evolução de si mesma. Deus é a justiça que dá e arrebata a vida e Maria é a Mãe Imaculada e Misericordiosa. Deus é a prova de que há inicio, meio e fim. É o proposito, o exemplo, é a rigidez, o motivo, a razão. Jesus, filho de Deus, filho de Maria disse-nos:  

"Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me"


Acordar

Mesmo que retarde: uma hora vai acontecer. Tem que acontecer. Você não deve se boicotar. Você não deve permitir ser somente isso que você é agora. Você não deve fingir a vida toda. Você até pode, você até se esforça, até que uma hora você vai esgotar-se de si mesmo e vai despertar como se fosse o seu primeiro dia vivo de verdade. Vai analisar-se, vai envergonhar-se, vai criticar-se e levantará dizendo: ACORDEI. É isso que te difere de um animal: a escolha.

 E então: o que você quer ser além desse nada que
 carregou até aqui dentro de um corpo que não lhe agrada?




Raiza. 
04/05/2018

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